No Egito antigo, a barba não era apenas um detalhe estético, mas sim um símbolo de poder, autoridade e até de ligação com os deuses. Curiosamente, os faraós — homens e mulheres — usavam uma barba postiça feita de metais preciosos ou de materiais nobres, conhecida como “barba postiça faraónica”.
A barba como emblema de realeza
A barba, no Egito antigo, não tinha a ver com o crescimento natural dos pelos. Pelo contrário, os faraós costumavam ser representados sempre com o rosto limpo. Contudo, em cerimónias oficiais e nas representações artísticas, usavam uma barba postiça, geralmente feita em ouro, prata ou em fios de metais trançados. Este adereço era fixado ao queixo com tiras, de modo a não cair, e apresentava uma forma alongada e trançada, curvada para cima na ponta. Esse detalhe tinha um significado especial: era considerado um traço divino, representando a ligação direta do faraó com os deuses.
Um símbolo usado também por rainhas
Não foram apenas os faraós homens que usaram este símbolo. Rainhas poderosas, como Hatshepsut, uma das mais marcantes governantes do Egito, também eram representadas com a barba postiça. Para ela, usar este adereço significava reforçar a sua legitimidade como faraó e aproximar-se da imagem sagrada da realeza.
Barba e eternidade
Além do poder terreno, a barba postiça simbolizava também a eternidade. Nas esculturas de deuses e nas múmias reais, a barba aparecia como um sinal de imortalidade e ligação ao além. Assim, o objeto ultrapassava a mera estética, tornando-se um emblema espiritual e político.
A tradição que marcou a história
Hoje, quando pensamos em barbas e estilo masculino, lembramo-nos de tendências modernas, mas a verdade é que a barba já foi, no passado, um dos maiores símbolos de poder. Para os faraós, mais do que uma moda, ela era um emblema de divindade e autoridade eterna.